Pareidolia é um fenômeno psicológico comum em todos os seres humanos, conhecido por fazer as pessoas identificarem imagens de rostos humanos em objetos, sombras, formações de luzes e em qualquer outro estímulo visual aleatório.
Minha abordagem traz o surrealismo, une a graça e deformidade até que atinja a essência do satisfatório. O rosto é o centro da personalidade humana, com a expressão podemos identificar e interpretar sentimentos. Essas percepções permitem compreender o comportamento humano, as emoções e expressões dizem muito da forma que interpretamos o mundo e como somos interpretados por ele.
Título: "Perdi o fio da meada"
Dimensões: 1,10cm X 5cm X 5cm
Materiais: lâmpadas, taça de vidro, cúpula de vidro, garrafa de vidro, linhas de costura, cola.
Técnicas empregadas:
Colagem de linhas sobre vidro.
 
Trabalho inspirado na série Moiras da artista Edith Derdyk, que basicamente se
compõe de hastes de ferro presas a uma parede e tem entrelaçadas linhas brancas
esticadas. Ela comenta sobre a linha dotada de sentidos na questão de destinos, de onde
vem,para onde vai, basicamente a linha como um elemento de conectividade.
Assim eu me inspirei nesse processo construtivo das linhas que ressignificam o espaço
trazendo essa questão de estabilidade no instável. Então usando elementos tão frágeis, que
seria o vidro, a obra consiste no conceito de remendar aquilo que você acha que está
perdido, como sentimentos de decepção, saudade, insegurança, entre outros.
Seguindo esse pensamento e indo para uma análise mais sentimental, eu coloquei linhas
mais longas e de cores diferentes umas das outras justamente para mostrar que os
processos variam, que você não vai passar nem sentir a mesma coisa que o outro sente,
que cada um vai traçar os próprios caminhos da sua maneira.
 
Referências artísticas:
Edith Derdyk, Série Moiras 2019
 
Brasília/ julho 2023
Esculturas
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